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Nos acordes de um líder

Nos acordes de um líder

 O engenheiro agrônomo e músico Eduardo Leduc, principal executivo da alemã Basf para a América Latina, mostra as notas que inspiram sua equipe

Aos 58 anos, o paulistano e engenheiro agrônomo Eduardo Leduc, vice-presidente sênior de Agricultura da Basf para a América Latina, ainda não conseguiu diminuir sua carga de trabalho. Como principal executivo da companhia na região, sua agenda está sempre lotada de compromissos. No início do mês passado, por exemplo, em apenas uma semana Leduc acompanhou uma de suas equipes ao México, discutiu os planos de 2016 para o mercado de hortaliças, realizou uma série de reuniões em São Paulo, além de arrumar tempo para um encontro de relacionamento com um produtor da região Sul, um dos grandes clientes da Basf. Ainda assim, Leduc encontrou tempo para ensaiar músicas com a sua segunda banda de pop-rock, a Chemical Jam, criada este ano e formada exclusivamente por colegas de trabalho. A primeira, a Rockberry, formada em 2006 com executivos de outras empresas, faz shows por São Paulo. A mais recente apresentação da banda aconteceu em junho deste ano, na B Music Bar, para um público de mais de 100 pessoas. “Faço tudo o que gosto”, diz Leduc. “Quero estar perto da minha equipe, aprecio o contato direto com os produtores rurais e a música é inspiradora para a minha vida.”
Sob o seu comando, Leduc tem uma equipe de cerca de 1,2 mil pessoas no Brasil, Argentina, Colômbia e México, quatro fábricas de defensivos agrícolas e 15 unidades de pesquisa. Hoje, o executivo diz não se assustar mais com o tamanho dos negócios agrícolas da companhia que faturou e5,4 bilhões globalmente, em 2014. Mas nem sempre foi assim. Desde que foi contratado pela Basf em 1984, ele passou por várias etapas – o que lhe deu experiência para lidar com grandes equipes. Até 1994, Leduc atuou nas áreas de venda e pesquisa no Brasil, assumindo na sequência posições na área de marketing na Alemanha, em 1995, e nos Estados Unidos, em 2000. Mas, para ele, nenhuma dessas experiências se compara ao que ocorreu há dez anos, ao se tornar vice-presidente da Basf no Brasil, empresa que no ano passado ficou em 14º lugar no ranking AS 500 MAIORES DA DINHEIRO RURAL. “Naquele momento senti que tinha um papel diferente dali para a frente”, diz. Na época, a Basf tinha uma equipe de 300 pessoas no País.
Leduc assumiu a unidade de negócio em um momento de crise na agricultura, provocada por uma severa seca que levou o setor a perdas estimadas em US$ 10 bilhões, na época, de acordo com o ministério da Agricultura. A safra 2004/2005 de grãos, prevista em 131 milhões de toneladas, foi consolidada com 114,7 milhões, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).“Além da seca, houve problemas de câmbio, o que gerou uma enorme inadimplência por parte dos produtores.” Naquela safra, os agricultores plantaram com o dólar super valorizado, a R$ 3,20, e colheram com a moeda americana em baixa, a R$ 2,40. Era preciso contar na carne, para readequar os negócios da Basf.
Assim, logo no primeiro ano no cargo, Leduc precisou demitir 53 pessoas de sua equipe, uma missão difícil para quem, como ele, aposta na criação de ambientes de negócios baseados no desenvolvimento de carreiras. De acordo com o consultor Artur Marinho, diretor executivo da Tempo Consulting, de São Paulo, empresa especializada em treinamento de executivos, para Leduc não havia outra saída. “Para garantir a sobrevivência do negócio, o líder tem de tomar medidas drásticas e só a ele cabe esse papel”, afirma Marinho. “O senso de direção e justiça, a busca de equilíbrio na equipe e a proposição ideias firmes e realistas são fundamentais na travessia de crises.”
O executivo afirma que essa experiência é refletida em suas ações até hoje. Nos últimos anos, ele acredita ter liderado uma equipe disposta a exercer o papel de consultores no campo, e que a venda de produtos é consequência dos ganhos do agricultor. Além disso, nasceu em sua equipe a ideia de uma campanha, na qual o homem do campo é o principal protagonista do sucesso do agronegócio. Desde 2010, a série de cinco filmes, com os temas Planeta Faminto e Agricultura – O Maior Trabalho da Terra já teve 8,8 milhões de visualizações nas redes sociais. O filme mais recente, lançado neste ano e que aborda o tema agricultura sustentável, foi visto 3,6 milhões de vezes. “No mundo todo, as unidades agrícolas da Basf passaram a utilizar em suas campanhas os mesmos slogans do Brasil”, diz Leduc. “Os filmes, que se tornaram uma marca digital para a empresa, são para mim, antes de tudo, a marca da equipe.”
fonte: IstoéRural

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