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As lições de um cavalo

As lições de um cavalo

Como o contato e a interação com os animais podem inspirar o espírito de liderança nas pessoas

Nosso alvo é o mundo corporativo, queremos despertar o líder que há nessas pessoas” Ruth Villela, psicóloga e criadora de cavalo Divulgação
O que é necessário para ser um líder? Qual deve ser a postura de um comandante diante de seus subordinados, para inspirar a equipe e produzir mais resultados para a empresa? Para obter respostas a essas questões, inúmeras publicações e cursos de coaching, termo em inglês que define os métodos de desenvolvimento profissional e pessoal, têm sido procurados por muitos executivos. A novidade, pelo menos aqui no Brasil, é que essas lições podem partir de interações com os equinos – o coaching executivo, assistido com cavalo. Isso porque o animal pode ler as intenções de uma pessoa, levando-a para uma experiência de autoconhecimento. A partir do contato homem-animal, é o cavalo que assume o papel de guia. “Em outras palavras, o cavalo passa a ser o seu mestre”, diz a psicóloga Ruth Villela de Andrade, que também é criadora da raça mangalarga na estância Los Cardos, no município de Tietê, no interior paulista. “Quando alguém se dispõe a estar em sintonia com um cavalo, ao se estabelecer uma ligação, o animal ensina essa pessoa a ser um líder em seu meio.”
A técnica, que começou a ser difundida na Alemanha, há cerca de duas décadas, ganhou  adeptos em vários países, como a Inglaterra, os Estados Unidos, a Espanha, a Suíça, a França e o México. No Brasil, ela já atraiu algumas empresas, entre elas a Equitac, no município de Espírito Santo do Pinhal, e a Equi-Coaching Brasil, de Campinas, ambas no interior paulista. Agora, desde julho, Ruth é a mais nova difusora do coaching assistido por cavalos. E uma larga experiência com animais é o que não lhe falta. Além de criadora em um haras que foi um dos legados de três gerações de sua família, Ruth é uma das herdeiras da tradicional família Junqueira, responsável por desenvolver, na primeira década do século 19, a genética do mangalarga.  “Meu mundo sempre aconteceu ao lado de um cavalo”, diz ela. “Isso, desde criança.”

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Ruth, que também é artista plástica e já expôs suas obras em vários países, como a Itália, o Japão e os Estados Unidos, apaixonou-se pelo coaching ao ser convidada, no início deste ano, pelo francês Claude L’Heureux para estudar a técnica num haras de uma amiga dele, no município de Avignon, na França. Em seguida, juntamente com a prima Letícia Junqueira, que é fisioterapeuta, Ruth esteve em León, no México, para participar de um curso para treinadores de coaching com cavalos. “Só decidi aplicar essa técnica porque vi que ela realmente funciona”, diz Ruth, que já preparou sessões para cerca de 140 executivos em seu haras. “Nosso alvo é o mundo corporativo, queremos despertar o líder que há nessas pessoas.”

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Para participar de uma sessão não é preciso ser um atleta e nem mesmo montar em um cavalo, até porque isso não é feito no coaching ministrado por Ruth e sua prima. O contato é realizado com o animal em liberdade, podendo haver o toque ou uma caminhada ao seu lado, usando as rédeas, em uma área de pasto, no picadeiro ou no cocho de alimentação. “Nesses espaços, elaboramos exercícios e dinâmicas a partir da necessidade do aluno”, diz Ruth. De acordo com Letícia, que já utilizava o cavalo em sessões com seus pacientes, o emprego do animal é uma ferramenta poderosa de transformação pessoal e profissional. “O cavalo é muito inteligente, ele sabe, corporalmente, tudo o que você está querendo dizer”, afirma Letícia. “E nas dinâmicas, as pessoas também aprendem a enxergar os sinais que o cavalo transmite.”

DINÂMICAS: os funcionários do haras de Ruth, em Tietê (SP), mostram os exemplos de exercícios feitos nas sessões de coaching com cavalos. As fotos 1 e 3, representam o trabalho em equipe, e na imagem 2, o poder de atração das pessoas sobre o cavalo, criando um laço de companheirismo com o animal
Um exemplo de dinâmica para inspirar o espírito de união em uma equipe de executivos é fazer com que o grupo caminhe em fila, guiado por um cavalo. As pessoas, segurando bolas de plástico, precisam caminhar sem deixar que as bolas caiam. Já em uma lição de superação e poder de governança, um grupo de dez pessoas, por exemplo, todas de braços dados e formando um círculo, têm a missão de atrair a atenção de um cavalo e chamá-lo para fazer parte do grupo. “É impressionante quando as pessoas descobrem que tem o poder de atrair o animal e fazer dele um companheiro”, diz Ruth. “Durante toda a minha vida, eu sempre percebi esse poder do cavalo, mas até me render ao coaching eu não sabia dizer o que era realmente. Agora eu sei.”

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