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Produção de Morango é tema de encontro técnico em Santa Rosa

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A aliança entre informações práticas, que podem ser adotadas nas diferentes fases produtivas, e visitas a campo permeou o encontro técnico sobre morango, organizado pela Emater/RS-Ascar nesta quarta-feira (14/09), no Noroeste gaúcho. Produtores e extensionistas de Três de Maio, Tuparendi, Tucunduva e Santa Rosa participaram de palestras e de visitas a propriedades produtoras de morango. 
A produção de morango na Fronteira Noroeste e nas Missões começa a se intensificar, sendo cultivadas em torno de 357 toneladas de morango na região, grande parte em sistemas protegidos. Segundo o assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar na área de produção vegetal, Gilmar Vione, as variedades mais comuns na região são a San Andreas, Aromas e Albion, de dia neutro, e a Camarosa, Festival, Benícia e Camino Real, de dia curto. 
Em um primeiro momento, o professor da Sociedade Educacional Três de Maio (Setrem), engenheiro agrônomo Claudinei Márcio Schmidt, esclareceu diferentes aspectos sobre a produção de morango em diversificados sistemas de produção, especialmente o semi-hidropônico. ?É cada vez mais comum a produção fora do solo, principalmente pela ergonomia e operacionalização do processo, além de influenciar na redução de problemas fitossanitários, proteger as plantas do efeito da chuva, oferecer maior ventilação; sofrer menor pressão de doenças e gerar a possibilidade de maior regularidade nutricional nas diferentes fases do desenvolvimento?, comentou Schmidt. 
Na sequência, o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar de Três de Maio, Fábio Karlec, conduziu explanação sobre manejo integrado de pragas e doenças do morango, adequado aos diversos sistemas de produção. ?Temos, como desafio, reduzir perdas de produção por pragas e doenças e o número, muitas vezes exacerbado, de aplicações de agrotóxicos e atender aos padrões de qualidade exigidos pelos consumidores?, comenta. Segundo o último levantamento da Anvisa, o morango é o segundo colocado do ranking das culturas com maiores índices de resíduos de agrotóxicos acima do permitido. 
Karlec destaca ainda que a relação custo/benefício da cultura de morango é bastante atrativa. ?É uma cultura que exige altos investimentos e mão-de-obra. Estima-se que para cada hectare de morango é necessário, para a colheita, em torno de sete pessoas. Apesar dos altos custos, a cultura apresenta alta rentabilidade por capital investido, sendo uma ótima alternativa para produtores com pequenas áreas e com mão-de-obra familiar?, reitera. À tarde, o grupo conferiu a campo as experiências de produtores de morango de Santa Rosa e Tuparendi. 
Visitas a campo 
O grupo também conheceu experiências de produtores que investem na produção de morangos nos municípios de Santa Rosa e Tuparendi. Na comunidade de Guia Lopes, visitaram os produtores José Karling, Paulo Roberto Facchinello e Vanderlei José Karling, que por meio do Pronaf Investimento, com projeto elaborado pela Emater/RS-Ascar, implantaram uma estrutura de ferro e lona plástica, com 6.200 m2,, onde cultivam morangos em sistema semi-hidropônico.
A ideia inicial era abastecer a produção para consumo e diminuir a dependência externa, já que suas famílias possuem uma pizzaria e uma confeitaria. No entanto, os produtores passaram a comercializar também ao consumidor final e se organizam para ampliar a produção. No primeiro ano de produção, essas famílias cultivaram 7.500 mudas das variedades Camarosa, San Andreas, Albion e Aromas. 
A segunda visita foi à propriedade de Valério Zulpo, no Lajeado Engenho, onde 14 pessoas se envolvem com a mão-de-obra em 2,5 hectares de morango, além da área destinada à produção de tomates. A produção comercial também é cultivada em sistema protegido, seja por meio do sistema de túnel elevado ou semi-hidropônico com canos de PVC. 
O grupo visitou também a propriedade da família de Rodrigo Fogolari, que recentemente passou a produzir morangos. ?Foi uma alternativa à atividade leiteira, pois exige menos mão-de-obra e gostamos do que fazemos?, comenta a mãe de Rodrigo, Lourdes Fogolari, que é responsável pela colheita junto com a filha Jociane. Para este primeiro ano, foram escolhidas as variedades Camarosa, Benícia e Camino Real para serem cultivadas. 

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